Este trabalho é sobre AVC´s e desenvolvi-o a partir dum artigo que
encontrei numa revista, que falava sobre mulheres que tiveram um acidente
vascular cerebral aos 30 anos.
Resumo do artigo:
Beatriz sofreu um AVC
aos 29 anos. Na altura, tinha um trabalho exigente e estudava ao mesmo
tempo (mestrado) e por isso andava nervosa. Durante algum tempo teve dores de
cabeça e até dormência num braço, mas associou isso às poucas horas de sono e à
agitação. Até que um dia, quando estava em casa, sentiu o braço muito pesado
e a sua boca paralisou de um dos lados, sentiu um choque, esticão e
desmaiou. A sorte dela foi o pai estar em casa e ter chamado logo o 112. Ela
tinha tido um AVC antes dos 30. Mais tarde ela soube as causas do AVC que teve:
o stress, a pílula, o tabaco e um historial de família em
acidentes vasculares cerebrais.
O AVC que Beatriz
sofreu foi hemorrágico e apresentou várias consequências: a sua boca torta
dificultava-lhe a fala e ninguém a entendia; dificuldade em movimentar o braço
e a perna; grandes perturbações psicológicas – ela queria fazer tudo o que
fazia anteriormente, mas isso só provocava nela frustração. Com o passar do
tempo ela percebeu que não valia a pena continuar naquela angústia a pensar no
que tinha perdido e passou a valorizar todas as suas conquistas, centrando-se
no que já tinha.
Notas: Sabe-se que a pílula anticoncepcional aliada ao
tabaco aumenta 8 vezes o risco que ter um AVC. Alguns pesquisadores admitem a pílula,
o tabaco e a hipertensão como um trio fulminante.
Um AVC é um Acidente Vascular Cerebral, ou seja, é uma patologia
associada a alterações nos vasos do cérebro.
Estas alterações podem ser de 2 tipos: hemorrágicas ou isquémicas.
Um acidente vascular cerebral (AVC) ocorre quando uma parte do cérebro
deixa de ser irrigada pelo sangue.
Isto sucede sempre que um coágulo se forma num vaso sanguíneo cerebral
ou é transportado para o cérebro depois de se ter formado noutra parte do corpo,
interrompendo o fornecimento de sangue a uma região do cérebro. (AVC Isquémico)
Pode, também, resultar da ruptura de uma artéria cerebral e, neste
caso, o sangue que dela extravasa vai destruir o tecido cerebral circundante.
Em qualquer dos casos, o tecido cerebral é destruído e o seu funcionamento afectado. (AVC Hemorrágico).
Quando estas alterações (hemorrágicas ou isquémicas)
acontecem, as funções desempenhadas pelo grupo de células que morreu perdem-se
e o indivíduo tem aquilo que se chamam sinais neurológicos, ou seja,
manifestações da falta dessas mesmas funções. Existem tantas manifestações
quantas as funções do cérebro.
Causas do AVC
No caso do AVC isquémico existem 2 causas principais: a trombose e a
embolia. A trombose acontece quando uma artéria por qualquer razão vai ficando
cada vez mais estreita e acaba por se ocluir (a razão mais frequente é a
aterosclerose). A embolia acontece quando algo que circula na corrente
sanguínea chega a uma artéria com menor calibre e a oclui (mais frequentemente
trata-se de coágulos de sangue que se formam nas artérias fora do cérebro ou no
coração). Existem outras causas mas são menos frequentes e não serão discutidas
aqui.
No caso do AVC hemorrágico as 2 causas mais importantes são:
traumatismo craniano e a existência de alteração das artérias, nomeadamente
aneurismas, malformações arterio-venosas, mas mais frequentemente alterações
causadas pela existência de hipertensão arterial.
Factores de risco:
•
Idade (acima dos 50-60 anos)
•
Sexo masculino (embora seja mais frequente nos
homens, nas mulheres há mais mortalidade)
•
História de AVC na família mais próxima
•
Hipertensão arterial
•
Diabetes
•
Hiperlipidémia (“gorduras no sangue”)
•
Tabagismo
•
Alcoolismo (especialmente no caso do AVC
hemorrágico)
•
Anticonceptivos orais (“pílula”)
Como prevenir:
•
Exercício físico regular de intensidade moderada
pelo menos 3 vezes por semana
•
Consumo de pequenas quantidades de bebidas
alcoólicas, especialmente o vinho tinto (só para o AVC isquémico, no caso do
hemorrágico devem-se evitar completamente as bebidas alcoólicas)
•
Dieta rica em peixe, cálcio e potássio
•
Controlar os factores de risco acima descritos
•
Seguir os conselhos do seu médico, especialmente
no caso de ser hipertenso, diabético ou ter problemas de coração.
O processo de reabilitação pode ser longo, dependendo das
características do próprio AVC, da região afetada, da rapidez de
atuação para minimizar os riscos e do apoio que o doente tiver.
Rápida atuação
Os sinais de alerta são diminuição súbita da visão num
dos olhos, dificuldade em movimentar um dos membros ou metade do corpo,
entorpecimento da cara (“boca ao lado”), dificuldade em falar e/ou de
compreensão e fortes dores de cabeça.
O AVC é uma situação de emergência na qual se deve
recorrer imediatamente ao serviço de urgências após o inicio dos sintomas.
Curiosidades
O Acidente Vascular Cerebral é a principal causa de morte
em Portugal: a cada hora, morrem dois portugueses vítimas de AVC.
!?! Em Portugal, o AVC é ainda responsável pelo internamento
de mais de 27 000 doentes por ano, morrendo cerca de 15 por cento dos
quais durante o internamento.
→ Na Europa, o AVC é também a maior causa de incapacidade a
longo prazo: cerca de 50 por cento das pessoas que sobrevivem a um AVC ficam
com limitações importantes que comprometem a sua qualidade de vida.
A letalidade intra-hospitalar por AVC tem vindo, de um modo
geral, a diminuir entre 2004 e 2009, mas mantém-se ainda acima da meta prevista
para 2010 (13,0%).
A letalidade
intra-hospitalar por AVC foi, ao longo de todo o período, mais elevada para o
sexo feminino do que para o sexo masculino.
Referências bibliográficas
ØHappy woman (março de 2011)
ØWikipédia - Acidente vascular
cerebral
Øsersaude.com
Øtv1.rtp.pt
Por Isabel Rodrigues Mendes